terça-feira, 19 de abril de 2011

O tempo que passei fora....Resumão

   Queridos leitores me perdoem a falta, porém algo mais forte que eu,  impulsionou-me  para longe de vocês. Sem mais delongas vamos aos fatos, na última portagem falei para vocês do assalto em que sofri com “minha folha” de lá pra cá houveram fatos que eram dignos de estarem postos aqui, outros nem importavam tanto assim, contarei então os mais importantes e marcantes.
   Já falei a vocês também sobre aquele meu sentimento relacionado à “disputa” Umbanda Vs Candomblé, numa das minhas últimas sessões na casa de Umbanda que eu frequentava pensei comigo mesmo que seria aquele dia que havia de ter alguma decisão, eu precisava tomar o rumo da minha vida, viver a mim mesmo como se não houvesse outra opção, então enquanto entoavam os cânticos para os orixás, caboclos e guias eu me apropriava de informações advindas  das mais puras energias e conturbadas intuições e visões. Pronto, decisão tomada era o meu momento, precisava seguir meu rumo, seguir o meu destino e não o de quem sempre o traçou e decidido saí da Umbanda e segui o meu tracejado caminho ao Candomblé, não foi fácil vos digo, principalmente por parte da minha mãe que a priore foi totalmente contra a mim, por ter assim como tantas outras pessoas uma imagem deturpada do candomblé. Passou! Tudo voltou quase ao que era antes, não mais há aquela mãe totalmente dada como antes às vezes prefiro assim sabia? Ao mesmo tempo em que é bom estar “livre”, dá um medo de ser caçado e morrer no tiro de um rifle de qualquer caçador...
   Mas sobre isso aprenderei com o tempo, afinal de contas não a terei para o resto da minha vida... Passado o tempo “minha folha” me levou até a casa onde ele é filho e logo de entrada antes mesmo de participar de qualquer xirê (que é o mesmo que roda de santo), já gostei de lá, me senti muito bem de estar ali e quando tudo se amansou em casa e minha mãe aceitou minha ida ao candomblé, fui jogar búzios com o pai no santo da casa, confirmando e “alterando” minha espiritualidade disse-o que eu desejava ser seu filho, fui aceito de imediato e já participei do xirê que foi no último dia dez de abril do corrente ano, muito bonito uma emoção incompreensível e indescritível, no dia do jogo o babalorixá (como é chamado o pai no santo) havia dito que se meu orixá bolasse era o sinal primordial para a obrigação, como eu já estava decidido era certa a incorporação. Dito e feito o santo veio e participou dos rituais (assim fiquei sabendo por terceiros que o assistiram), fui orientado a obrigação maior e sendo aceito por mim, fiquei surpreso com minha mãe quando ela me disse que estaria de total acordo e que ia me ajudar com tudo que precisasse para minha obrigação.
   Graças a Deus passagem resolvida minha vida voltou ao normal...  ahh!!  tem também o dia que fizemos um mês (eu e minha folha) foi normal, tão normal quanto um dia comum de sol com chuva! Fiquei um tanto quanto triste porque eu queria mesmo que tivesse sido especial, mais do que esta com ele bem verdade (pois isso já é muito especial pra mim).
   Hoje no dia em que posto essa mensagem vos digo que estou baixo astral, ontem houve outro fato daqueles que me deixam muito, muito triste. Ontem estávamos eu e minha folha no ônibus voltando pra casa- eu advindo da faculdade e ele do candomblé- passando pelo segundo terminal de ônibus subiu neste um rapaz que mora onde também residimos, mas ele estava tão ridículo com uma camisa branca fechada até o colarinho e com as mangas abotoadas e eu achei aquilo tão hilário que zombei até de uma forma chata, glorifiquei o senhor me referindo aos evangélicos com ditos tipo:  - Ô gloria! Glória a Deus!! E ele tomou aquilo como uma insinuação minha para o garoto, ainda falou mais quando o ônibus numa partida errada sem trocar a macha, andou engasgando e eu disse: - Passa a marcha motorista, ele bradava : - Gostou mesmo.. Vai, vai em frente!! Ai ignorou-me, fez cara feia, sentou um banco após o meu e quando descemos no terminal do local residente não me acompanhou até próximo a minha casa, ficou sentado nele e disse que eu poderia ir, eu já estava cansado e dei tchau, boa noite e fui embora. Não tenho jeito mesmo, pela manhã do dia dado pela postagem(hoje) liguei pra ele depois de ter passado a noite chorando e a manhã quase que toda também, os olhos já não sabiam de onde tirar as lágrimas.
  Algum tempo depois retornou minhas ligações friamente, falei com ele com lágrimas nos olhos e ficou tudo normal, pouco tempo depois acessou o MSN através da internet e nem falou comigo, algo me chamou atenção na pasta em que ele encontra-se e  perguntei o que havia, ele falou que nada que estava tudo ótimo que era coisa da minha cabeça e tal, aí também soltei os diabos, mas ele disse que não tinha nada de mais : -esta tudo bem... Afff, você faz de um copo de água uma pororoca!! Daí deixei pra lá e pronto vamos ver até onde vai essa birra dele...Fora que minha mãe fez um drama porque decidir pegar o segundo ônibus depois das 22:00 da noite de ontem, não falou comigo quando cheguei em casa, e só me deu a benção pela manhã porque pedi, ai só veio falar comigo quando eu liguei pra ela informando datas e horários de compromissos religiosos dela, e ela agiu como se nada houvesse acontecido embora um pouco fria ao fim da ligação....  Ôô eu emmm...


Até a próxima postagem....Shaymon Rizzo  

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